A day in life

O que aconteceu comigo nas últimas 24 horas eu não consigo acreditar. Na verdade, acho que nunca conseguirei. Sei lá, não quero acreditar, mas aconteceu. Acho que pela primeira vez na minha vida eu me desapaixonei por alguém, de uma maneira muito forte e brutal. Se mulheres broxam é assim: desapaixonando-se. ISSO NUNCA ACONTECEU COMIGO ANTES, EU JURO. Sério. A diferença é que o outro, o cara no caso, não nota isso. Acho. O meu broxar não é visível, é interno. Mas eu broxei fenomenalmente, mesmo. Ainda não entendi direito o porquê e acho que não vou querer entender também. Vou só deixar como está. Comentei com uma amiga e ela me disse “AGORA SIM é que ele vai gamar em você”. Se for, fodeu. Mas acho que não vai não, ele é calejado também e vai cagar e andar pra mim, com certeza. A diferença é que antes eu “sofria” com o “desprezo” dele. A partir de ontem eu comecei é achar bom mesmo que ele não queira nada comigo. Nunca senti isso por ninguém… Sério. É bem esquisito… Enfim.

Me irritei com o despertador tocando, seis horas de sono, levantei, fiz qualquer coisa e fui pro lugar marcado. Ia me encontrar com alguém que não apareceu e fiquei esperando por 40 minutos. Não fiquei puta: apenas NUNCA MAIS vou marcar nada com essa pessoa. NADA. Não importa o quê. Almocei com uma conhecida aleatória, tomei um semi-banho de feijão preto, depois fomos ver uma bandinha de blues ali na frente do bloco de letras/jornalismo. Dia muito quente, muito sol, muita gente bonita à la malhação, muita gente bebendo cerveja e fumando maconha na UFSC debaixo do sol escaldante como se não fosse nada demais e como se fosse a coisa mais bonita do mundo (o que eu acho ESCROTO). Encontrei uma outra aleatória que não via faz tempo. Reconheci o ex dela lá no meio, eles meio que terminaram há algum tempo. Já me disseram que ela troca de namorado como troca de calcinha, enfim. Aí quando deu umas 13h15 aquele povo rock’n’roll, paz e amor MONGO e aquela MAROFA de maconha começou a me irritar profundamente e eu resolvi ir embora.

A aleatória “Mas já?!” e eu “Tô de saco cheio dessa merda, tchau ae”. Passei pelo centro de convivência, pelas árvores onde ficam os estudantes angolanos/africanos e dessa vez só tinha homens lá. Quando eu passei, todos pararam de falar e ficaram em silêncio, me olhando. Deve ser por que eu ando rebolando demais, mas eu gosto mesmo é de ouvir eles falando. Enchi a garrafinha de água em algum bebedouro, fiz uma ligação importante e fui pra casa. Cheguei em casa e senti um VAZIO abissal. “Eu não gosto mais dele” pensei. Mas logo em seguida já pensei em outra coisa e esqueci isso. Fiz algumas pesquisas, escrevi um pouco, deixei pra fazer uma resenha nos 44 do segundo tempo e resolvi dormir. Sonhei várias coisas esquisitas. Sonhei com (RÁ!) um dos caras que gosto. Foi bom. Mas na MELHOR PARTE do sonho o despertador tocou e eu acordei e quis morrer. É o universo conspirando contra mim e tal. Voltei a dormir e só acordei uma hora e meia depois, em cima da hora da aula. Matei os primeiros tempos. Isso significa que, oficialmente, estou na faculdade de novo.

Assisti as duas últimas aulas e voltei pra casa. Amanhã tenho uma entrevista. Outra. Não sei. Não sei mais de nada. Se for, foi, se não for não quero saber. Não ando animada. Eu ando BROXA e a minha vida anda BROXA também. Não reclamo da rotina não. Na verdade, eu não sei do que reclamo direito. Ah… Xápralá.